mitologia serafínica
irina estava vestida de beatriz primeira posava para mais um clássico do surrealismo de magrite no quarto preparava a cama para a chegada de wermer a alta temperatura do verão de sorocaba alterou a visão pictórica do pintor da menina dos brincos de pérola que no jardim enfiava o pincel por entre a espessa barba esperando a primavera lady gumes apressada como sempre se aproveitou da cama e vive uma calorosa noite de amor sem mesmo querer saber quem era a serafina debaixo dos lençóis maranhenses
Pastor de Andrade
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ENTRE VÍRGULAS
No intervalo entre duas vírgulas
um suspiro de reticências
não quero o ponto final
pois o final
é só o começo
de mais uma interrogação:
nós vivemos entre parênteses
ou somos meros personagens
desta voz maior
que ecoa entre aspas?
(Nic
Cardeal, 11/09/2016 - poema do livro 'Sede de céu', Penalux/2019, p. 108)
( imagem do Pinterest)