e o corpo pode ate descansar...
mas a mente
não para
ideia é sempre
uma ideia...
engano o coração,
mas a mente não
é preciso pensar,
pensar é preciso,
pensar...
é o que me cabe
... ... ...
vou escrever,
por vezes,
funciona
e, quem sabe,
esqueço
essa angústia.
Mônica Braga
Eu Sou O Outro
Eu sou o outro
que habita dentro
do meu outro EU
não a casca da cápsula
da carcaça aqui de fora
o que se vê no espelho
é só imagem
- Narciso mergulhado à própria sombra
o cavalo na folhagem
esse sim é o que se vê na tela
quando a câmera revela
o concreto da outra pessoa
que não sou
Artur Gomes
clique no link para ver o vídeo
As hienas também se penteiam
Eu, líquen na dobra do mundo, escuto.
Escuto, me calo e escuto.
E ouço (que é diferente). Ouço o timbre: um carretel em catarse,
fiando anedotas ególatras, crochê de silêncios alheios.
Essa fala, sempre a mesma, devora quem a diz.
Enche a sala com saliva autocentrada, e
cada frase é uma oferenda a Narciso,
cada pausa, forçada, uma ofensa pessoal.
Sou mulher, daquelas que acumulam o corte por dentro,
não por fragilidade, mas por excesso.
Minha boca é um relicário de mundos que não interessam.
Falo pouco, porque falar exige deixa.
E quem só tem fome de si, mastiga os outros com monólogos mastodônticos. E quer
ser doentiamente escutado.
O trabalho do importante ser? Claro, grandioso, hercúleo, inquestionável.
O do outro? Uma nota de rodapé mal lida.
Me pergunto como cheguei até aqui,
com os pés rasgados de tanto dançar nos parênteses dos outros.
A arte de interromper é a trilha sonora favorita dos que me deixam exausta.
Falam como quem relincham,
como quem tem pânico do intervalo.
Não há grandeza neles, só barulho.
Sinto náusea diante dessa verborragia aureolada,
dessas histórias sem escuta,
dessa cronofagia socialmente aceitável.
Vivo num tempo em que escutar virou punição
e o silêncio, um ato de resistência.
Às vezes imagino aqueles crânios ocos,
ecoando frases que começam sempre com “eu”, “meu”, “pra mim”,
uma catedral invertida com altar espelhado.
Profetas de si mesmos,
e eu, herege por existir fora desse reflexo.
O medo da escuta é o mesmo medo do abismo.
Ouvir o outro ameaça dissolver o próprio contorno.
Olhos assim são vitrais voltados pra dentro.
Querem se relacionar? Talvez. Mas só com cláusula de exclusão.
E quando falo, se falo,
a guilhotina invisível do desinteresse corta minha frase ao meio.
Eu os nomeio, sim,
hienas vaidosas que se penteiam com adjetivos,
e mastigam o alheio como antídoto
pra própria insipiência.
Mas que fique claro: o mundo não lhes deve aplausos.
E há línguas, como a minha,
que rasgam, mesmo caladas.
Porque a vingança mais perigosa
é a da mulher que cansou de ouvir.
Simone Bacelar
Enquanto enfeio e envelheço,
aqueles segundos eternos,
o disparo da câmera me
deixou assim, com esta
cara que tento esconder:
os piores ângulos sem poses,
a papada, as rugas,
o cabelo branco omitido,
o pescoço entortado,
a cabeça idem, a boca oca.
Enquanto envelheço sem
disfarces, truques, tinturas,
procuro saber até onde
vai dar a anomalia do
espelho enganador.
A fotografia é verdadeira?
Quase nunca mente?
Quase sempre revela?
Eu me vi feio: quis fugir,
apagar tudo, escapar de
mim, de me ver assim,
tão falho e imperfeito.
Desisti, pois sou desse
jeito, difícil ser refeito.
Estou sob os efeitos
do tempo, dos tormentos,
atento e desatento
ao que pode ser ou não.
Ilusão é uma droga...
Ocinei T.
2.8.2025
Fotos Marco Antônio Gallitto
Balbúrdia PoÉtica 11
Dia 6 de agosto – 19:30h
Bar do Ernesto – Lapa
Rio de Janeiro – Brasil
Poesia Ali Na Mesa
Livros Ali Na Mesa
Roda de Conversa
Performances – Homenagens
Roda de Poesia – para relembrar o Congresso Brasileiro de Poesia
em Bento Gonçalves-RS
Curadoria:
Artur Gomes, Jorge Ventura, Tanussi Cardoso
Alegoria da Glória e do Castigo
Uníssono assombro
da plateia
que não teme o silêncio
repleto de vaias.
No acirrado
cadafalso,
a vaidade crescente das palmas
sobe ao crivo do tempo,
onde ergue-se a cabeça a prêmio.
- Igor Calazans
Balbúrdia PoÉtica 11Dia 6 de agosto – 19:30h
Bar do Ernesto – Lapa
Rio de Janeiro – Brasil
Poesia Ali Na Mesa
Livros Ali Na Mesa
Roda de Conversa
Performances – Homenagens
Roda de Poesia – para relembrar o Congresso Brasileiro de Poesia
em Bento Gonçalves-RS
Curadoria:
Artur Gomes, Jorge Ventura, Tanussi Cardoso
Poeta pra caralho
Preencho com versos brancos
o vazio branco do papel.
Não troco a poesia
pelo reino dos céus.
Iverson Carneiro
Balbúrdia PoÉtica 11
Dia 6 de agosto – 19:30h
Bar do Ernesto – Lapa
Rio de Janeiro – Brasil
Poesia Ali Na Mesa
Livros Ali Na Mesa
Roda de Conversa
Performances – Homenagens
Roda de Poesia – para relembrar o Congresso Brasileiro de Poesia
em Bento Gonçalves-RS
Curadoria:
Artur Gomes, Jorge Ventura, Tanussi Cardoso
Verso Livre
Transas com prazer,liberta
Gozas em linguagem direta
Não ficaste como os sonetos
Com seus rígidos preceitos
Quase sem uso, obsoletos.
Brotaste em Versos livres
Anna Maria Fernandes
Balbúrdia PoÉtica 11
Dia 6 de agosto – 19:30h
Bar do Ernesto – Lapa
Rio de Janeiro – Brasil
Poesia Ali Na Mesa
Livros Ali Na Mesa
Roda de Conversa
Performances – Homenagens
Roda de Poesia – para relembrar o Congresso Brasileiro de
Poesia
em Bento Gonçalves-RS
Curadoria:
Artur Gomes, Jorge Ventura, Tanussi Cardoso
um pueta ducaralho
há quanto tempo
severina irina me disse
que os ponteiros
do relógio do mercado
perderam o trem
para o largo do marchado
catete não é glória
glória não é catete
e o lima dessa história
já meteu muito cacete
rasgou cartas do baralho
que até perdi as contas
com as meninas do barbalho
e esse poeta do carneiro
é um pueta ducaralho
Federico Baudelaire
Balbúrdia PoÉtica 11
Poesia Ali Na Mesa
Livros Ali Na Mesa
Roda de Poesia
Performances – Homenagens
Dia 6 de Agosto – 19:00h
Bar do Ernesto, Rua da Lapa, 41
Rio de Janeiro Brasil
AVENIDA BRASIL
Atenção não pare:
assalto à mão armada
a 100m
Atenção não olhe:
espancamento e estupro
a 200m
Atenção não se abale:
assassinato e roubo
há 500 anos
Adriano Espínola
https://www.instagram.com/p/DMym-3UP0x8/
Minha turma do Congresso Brasileiro de Poesia saiu para fazer
arte na rua hoje, em Bento Gonçalves. No centro da cidade, dançaram e falaram
poesia na hora do almoço para quem passava. Com muita ins/Piração. Foto: Toninho
Vaz – outubro 2013
Vitalitas Maritakis em seu último discurso no encerramento do
XXI Congresso Brasileiro de Poesia...
Outubro 2013
Jura secreta 14
eu te desejo flores lírios brancos
margaridas girassóis rosas vermelhas
e tudo quanto pétala
asas estrelas borboletas
alecrim bem-me-quer e alfazema
eu te desejo emblema
deste poema desvairado
com teu cheiro teu perfume
teu sabor teu suor tua doçura
e na mais santa loucura
declarar-te amor até os ossos
eu te desejo e posso :
palavrArte até a morte
enquanto a vida nos procura
Artur Gomes
a musa e uma câmera fotográfica
curta com Isadora Zecchin, filmado
na Cachaçaria - Bento Gonçalves-RS - outubro 2014 - durrante o
XXII Congresso Brasileiro de Poesia - Fulinaíma Produções - direção: Artur
Gomes https://www.youtube.com/watch?v=7Gc5kteQNNo...
aqui só foto poesia
https://www.facebook.com/arturgomespoeta?fref=ts
EntriDentes
queimando em Mar de Fogo
me registro
lá no fundo do teu íntimo
bem no branco do meu nervo
brota uma onda de sal e líquido
procurando a porta do teu cais
teu nome já estava cravado
nos meus dentes
desde quando sísifo
olhava no espelho
primeiro como Mar de Fogo
registro vivo das primeiras era
segundo como Flor de Lotus
cravado na pele da flor primavera
logo depois gravidez e parto
permitindo o Logus quando o amor quisera
Artur G omes
foto: Jiddu Saldanha - no momento em que eu montava a XVIII
Mostra Internacional de Poesia Visual e I Mostra Cine Vídeo Poesia, na Fundação
Casa das Artes - Bento Gonçalves-RS - XXI Congresso Brasileiro de Poesia - 1 de
outubro 2013
A CEREJEIRA DOS POETAS
Iara Schmegel me pediu dia desses que eu postasse uma foto
atual da cerejeira plantada pelos poetas que participaram do XXIV Congresso
Brasileiro de Poesia, em 2016. Aí está ela, na praça ao lado do Sopping Bento
Gonçalves.
Ademir Bacca
De 1996 a 2016 O Congresso Brasileiro de Poesia foi para mim,
um laboratório de criação poética de múltiplas linguagens, lá realizei
performances, dirigi oficinas, fiz curadorias de mostras de poesia visual e
cine.vídeo.poesia, coordenei saraus e escrevi o livro Juras Secretas lançado em
2018. Conheci uma infinidade de poetas, brasileiros e latino americanos, com os
quais mantenho contado até os dias atuais.
Artur Gomes
V(l)er mia no blog
https://fulinaimagens.blogspot.com/
Ronaldo Werneck, imenso poeta, super amigo, mineiro de Cataguazes, estivemos muitas vezes juntos no Congresso Brasileiro de Poesia em Bento Gonçalves-RS, também já cadastrado no Projeto Arte Cultura Oficinas da Fulinaíma MultiProjetos e com certeza nos dará uma grande contribuição para as Oficinas de Música e Poesia.
Ensaio Fotográfico com minha querida Isadora Zechin lá pelos
idos de 2014 em Bento Gonçalves-RS nos intervalos da programação do Congresso
Brasileiro de Poesia - enquanto ela lia o livro A Cor da Pele - do
queridíssimo poeta irmão Jose
Salgado Maranhão Salgado Maranhão
enquanto ela lia
o livro a cor da pele
traçava o rito
de uma lente que revele
o que mora entre a língua
e a palavra
escrita ou dita
pela boca
de quem fala
tudo aquilo que não cala
Artur Gomes
O Homem Com A Flor Na Boca
Hoje 8/10 - 21:00h - SagaraNAgens Fulinaímicas
exibição do Curta - na Sala de Cinema da Fundação Casa das
Artes -
XXIII Congresso Brasileiro de Poesia - Bento Gonçalves-RS - outubro 2015 - FULINAÍMA Produções - Direção: Artur Gomes
Fulinaíma Band Blues Poesia - ensaiando um novo ritual para o Poesia In Concert - Dia 2 de outubro - 2013 - XXI Congresso Brasileiro de Poesia - Bento Gonçalves-RS - com Sady Bianchin e Caró Lago - foto: Jiddu Saldanha
Com Os Dentes Cravados Na Memória
A foto foi feita durante a Mostra Mirações no XXII Congresso
Brasileiro de Poesia - outubro 2014 - Bento Gonçalves-RS. Muito posso dizer
sobre a pessoa que está nela, mas se eu disser muito as respostas para a
pergunta vai ficar muito fácil, e Ademir
Antonio Bacca vai ter que meter a mão no bolso para dar o prêmio, uma
garrafa de Carbernet Dom Laurindo. Isso é exigência do Hugo Pontes ouviu
Ademir?
A pergunta é: Quantos anos ela tem? O dia que foi feita esta
foto e em que ano ela foi a primeira vez ao Congresso Brasileiro de Poesia. A
única dica: não vale para Sady
Bianchin nem para Tchello
d'Barros e lógico, também para a
pessoa que está na foto.
#ArturGomes #CongressoBrasileiroDePoesia
#ComOsDentesCravadosNaMemória #FulinaímaMultiPtojetos
Fulinaíma MultiProjetos
portalfulinaima@gmail.com
(22)99815-1268 - whatsapp
Ketlin Siqueira Dias, estudante do Colégio Dona Isabel, gravando depoimento hoje na Fundação Casa das Artes, para o curta Congresso Brasileiro de Poesia - 25 Anos - FULINAÍMA Produções - Direção: Artur Gomes
toda palavra
toda palavra
guarda um segredo
atrás de suas portas
secretas
esconde
na entrelinha
o enigma da criação
delicada
afiada
malcriada
debochada
discreta
poética
patética
a palavra pode tudo
e bebe
o sangue dos poetas
em goles demorados
II
toda palavra
é arma engatilhada
pontaria precisa
acerta o coração
mesmo quando
é bala perdida
certeira
traiçoeira vingativa
malígna
indiscreta
abusada
despretensiosa
maliciosa
a palavra
pode quase nada
quando fala de paz
Ademir Bacca
Poesia do Brasil Vol. 11
Proyecto Cultural Sur Brasil
XVIII Congresso Brasileiro de Poesia
Bento Gonçalves-RS - Outubro 2010
Fulinaíma Sax Blues Poesia
por Ademir Bacca
Artur Gomes, Dalton /Freire, Luiz Ribeiro, Naiman e Reubes
Pess
lançado em 2002
ARTUR GOMES DE NOVO
Já deixei escrito em algum canto deste meu blog a admiração
que tenho pelo poeta ARTUR GOMES, sem dúvidas hoje o grande nome da poesia
alternativa brasileira. O Cd dele “Fulinaíma Sax, Blues & Poesia”,
já gastou de tanto que rodou aqui em casa. Há muitos anos venho ouvindo
belíssimos poemas ditos por ele, seja no Congresso Brasileiro de Poesia,
no bar da esquina do SESC ou mesmo aqui em casa, nas vezes em que ele está em Bento
Gonçalves e nos damos o prazer de conversar inúmeras garrafas de vinho e
uma picanha no disco.
Gosto de muitos, mas este poema é, sem dúvidas, o meu
preferido:
Alucinações Interpo(É)ticas
o que é que mora em tua boca Bia?
um deus um anjo ou muitos dentes claros
como os olhos do diabo
e um a estrela como guia?
o que é que arde em tua boca Bia?
azeite sal pimenta e alho
réstias de cebola
um cheiro azedo de cozinha
tua boca é como a minha?
o que é que pulsa em tua boca Bia?
mar de eternas ondas
que covardes não navegam
rios de águas sujas
onde os peixes se apagam
ou um fogo cada vez mais Dante
como este em minha boca
de poeta delirante
nesta noite cada vez mais dia
em que acendo os meus infernos
em tua boca Bia?
© ARTUR GOMES
Lembranças do Congresso Brasileiro de Poesia
Bento Gonçalves-RS - 2015
Jura secreta 16
para may pasquetti
fosse esta menina Monalisa
ou se não fosse apenas brisa
diante da menina dos meus olhos
com esse mar azul nos olhos teus
não sei se MichelÂngelo
Da Vinci Dalí ou Portinari
te anteviram
no instante maior da criação
pintura de um arquiteto grego
quem sabe até filha de Zeus
e eu Narciso amante dos espelhos
procuro um espelho em minha face
para ver se os teus olhos
já estão dentro dos meus
Artur Gomes
do livro Juras Secretas
Editora Penalux - 2018
https://secretasjuras.blogspot.com/
Este poema foi escrito em 2006. Quando cheguei a Bento
Gonçalves, para dirigir uma Oficina de Poesia Falada no CEFET-Bento, encontrei
May na porta do Hotel VinoCap me esperando. Ela já havia me visto falando
poesia pelas Escolas da cidade. Me passou mensagens por e-mail dizendo-me que
um de seus sonhos era falar poesia no palco junto comigo. E em 2006 subimos no
palco juntos, numa homenagem que fizemos para o Centenário do poeta Mário
Quintana. Depois foram mais 10 anos de parcerias nas performances e recitais no
Congresso Brasileiro de Poesia.
Em 2007/2008 foi minha parceira na performance O Amor Em Estado de Vinho e Uva que fizemos durante a programação da FENAVINHO. Neste ano foi a primeira vez que interpretei poemas do poeta e padre Oscar Bertoldo, assassinado barbaramente na região serrana do Rio Grande do Sul.
Balbúrdia PoÉtica 11
Dia 6 de agosto – 19:30h
Bar do Ernesto – Lapa
Rio de Janeiro – Brasil
Poesia Ali Na Mesa
Roda de Poesia – para relembrar o Congresso Brasileiro de
Poesia
em Bento Gonçalves-RS
Travessia Canibalesca
na balbúrdia dos vinhedos
ainda me guarda nos segredos
secretos mas não presos
onde a musa dos desejos
no obscuro do objeto
poema in/decente concreto
trava língua entre meus dentes
quando estive em cavajarro
atravessei porto viejo
e não foi elas por elas
no caminho de pedras
das donzelas
lapidei as unhas delas
uma por uma em cada beijo
Artur Gomes
Juras Secretas
Vampiro Goytacá Canibal Tupiniquim
https://fulinaimacentrodearte.blogspot.com/
eu quero o tempo tempo tempo mesmo que seja cedo antes que
seja tarde amanhecia setembro em bento gonçalves eu já pensava a carne dos
pelos das folhas das polpas das uvas no vale dos vinhedos do cachorro louco
janelas do apartamento da cidade alta os poemas pintados por juliana as costas
nua na contra luz nascendo o dia antes arte do que nunca um congresso
brasileiro de poesia quero o temo tempo tempo quero quero nos pampas vagalumes
acendendo suas lanternas na garoa das madrugadas uma guria na esquina me pedindo
um gole de cerveja quantas eras quantas anas já tivemos tantas já fizemos
quantas e o quântico volátil como éter se evapora quando é luz do dia.
Artur Gomes
https://fulinaimagens.blogspot.com/
Balbúrdia PoÉtica 11
Dia 6 de agosto – 19:30h
Bar do Ernesto – Lapa
Rio de Janeiro – Brasil
Poesia Ali Na Mesa
Roda de Poesia – para relembrar o Congresso Brasileiro de
Poesia
em Bento Gonçalves-RS
era uma vez
um tempo
que se fazia
com muito prazer
e
poesia
Artur Gomes
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Balbúrdia PoÉtica
poesia ali na mesa
à parmediana ou milanesa
a ética é nossa lira
que delira enquanto
plasma
vento forte ou mesmo brisa
cada poeta se lambuza
com a musa que precisa
o delírio é a lira do poeta
se o poeta não delira sua lira não concreta
Dia 6 de agosto 19h
Bar do Ernesto - Rua da Lapa, 41
Rio de Janeiro Brasil
Artur Gomes
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Balbúrdia PoÉtica 11
Dia 6 - agosto - 19:30h
Bar do Ernesto - Lapa
Rio de Janeiro – Brasil
Poema tecelão
Teçamos a manhã com o canto dos versos/
a atravessar vidraças de janelas e telas/
a desarmar armadilhas de toda rede/
a ecoar, concreto, em cada poeta/
e seguir com sede e sem linha reta/
em lança, chamas tecelãs de auroras
Poema de Delayne Brasil, in Na pele do mundo, Ventura Editora, 2023
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Balbúrdia PoÉtica 11
Dia 6 - agosto - 19:30h
Bar do Ernesto - Lapa
Rio de Janeiro – Brasil
Curadoria: Artur Gomes, Jorge Ventura e Tanussi Cardoso
AFFONSO
Poeta, tua verdade
me protege de certas paisagens
teus prados me verdejam espaços gratuitos
ser poeta começa nos olhos
Rose
Araujo
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Balbúrdia PoÉtica 11
Dia 6 de agosto – 19:30h
Bar do Ernesto – Lapa
Rio de Janeiro – Brasil
Affonso Romando de Sant`Anna
Presente
Antônio Cícero
Presente
Armando Freitas Filho
Presente
Tavinho Paes
Presente Roda de Poesia – presente
Para relembrar o Congresso Brasileiro de Poesia em Bento Gonçalves-RS
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https://fulinaimatupiniquim.blogspot.com/
Obs.: Quem esteve presente em alguma edição do Congresso
Brasileiro de Poesia em Bento Gonçalves-RS sabe como é- vamos mandar um abraço
coletivo para o nosso amigo Ademir Antônio Bacca
Memórias
nessa casa vazia
ainda habitam vivos:
entes idos, meus livros
CRUEZA
sou língua de sal
não poupo palavras
em mim nenhum Deus
em mim só um homem
que peca e execra
e desfeito em dores
sobrevive a quedas
sem nenhum pudor
à sorte me atrevo
só creio em meus atos
vejo o que não devo:
o osso em vez da carne
Jorge Ventura
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Loucura Poética
Possuo uma loucura antiga,
cada vez que
leio o mesmo poema,
encontro uma nova poesia.
Val Mello
Palavra & Poesia de Jorge
Ventura
Poesia para Pensar - por Artur Gomes
Palavra & Poesia, de Jorge Ventura é um livro para se ler de um fôlego só,
de preferência bebendo um bom vinho de Bento, em louvor a Bacco. Poemas como
lâminas da carne na alma. Palavra na folha branca do papel para nunca se
apagar. Poesia para se ler e pensar nas antagonias da palavra diante do corpo e
da alma. A carne da palavra muitas vezes sangra no gume da faca. Assim é a
palavra quando bruta, assim é a vida quando luta. A poesia/palavra de Jorge
Ventura não foge a dicotomia vida/arte, está no cerne desse jogo, no fogo das
paixões que vem de dentro:
“palavra pura absoluta
água que se quer beber
verdade em escrita rara
palavra impura oculta
lama que se quer sujar
mentira igual rasura” (Antagônicas I) pág. 32.
Em petardos poéticos certeiros Jorge Ventura vai desfilando sua palavra/poesia
pelo miolo do livro o seu viver diante do tempo e das pessoas, até desaguar com
seu Papiro na quarta capa, um poema do lado de fora do livro, que sintetiza
todos os outros que estão dentro.
papiro aberto sobre a mesa
rota de fuga no papel
faço do lápis o cinzel
a talhar riscos e incertezas
traço grotas, grutas, gretas
a vida torta a toda lavra
destino breve ou longa estrada
verso o caminho do rascunho
sonhos em vão do próprio punho
no mapa oculto da palavra
Palavra & Poesia
Autor: Jorge Ventura
Ventura Editora – 2018
Prefácio: Claudia Manzolilo
Orelha: Luiz Otávio Oliani
Posfácio: Igor
Fagundes
Capa: Tchello
d'Barros
HIPOTEMUSA
bati na porta da IA
me perguntou
qual o poeta
que eu mais gosto de ler
:
EuGênio Mallarmè
:
porquê
ele me re/trata como sou
feminina leviana desnudada
serafina severina desvairada
Irina Serafina
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https://ciadesafiodeteatro.blogspot.com/
HIPOTEMUSA
MUSA OUTRA
há muito tempo
com um coelho no colo
mas o que eu mais queria
era um gato
old cat que fosse
do jeito que me viesse
como nos tempos
em que me pegou
nos Retalhos Imortais do SerAfim
e fez de Mim o que sou
Rúbia Querubim
Lagoa de Cima
Deveria existir no dicionário
Com brilho de sol e cheiro de mato,
Um verbo para mim, necessário,
Que traduzisse esse encanto que é um fato.
Lagoar, verbo transitivo direto,
Ação de alma, corpo e coração.
Eu lagoo, tu lagoas — simples, completo —
Na beira mansa da imensidão.
Lagoa de Cima é conjugação primeira,
Presente do indicativo da paz.
Lagoar é esquecer-se da vida inteira
E lembrar apenas do que a calma nos traz.
É remar sem pressa, de olhos abertos,
Deixar-se refletir no espelho d’água,
Sentir o tempo, os ventos, os afetos,
Como quem se cura de toda a mágoa.
Verbo de mergulho e contemplação,
De redes armadas e tardes douradas,
De fogueiras acesas no coração
E histórias contadas em noites enluaradas.
Sim, eu lagoo. E, se puder escolher,
Quero lagoar sempre, sempre mais.
Pois quem lagoa aprende a viver
Na maré calma que a lagoa de cima traz.
Wellington Cordeiro
BALBÚRDIA PoÉTICA
Artur, pássaro no ar voando alto
Feeling good
Tchello, Sol no céu amarelo
Feeling good
Turiba, brisa soprando na sombra
Feeling good
Sady, amanhecendo o sorriso dos sonhos
Feeling good
Todos os poetas e artistas
de todas as cores e ritmos
são novos dias, novas vidas, novos mundos
Feeling good
“Balbúrdia Poética” é isso:
a liberdade de se ser feliz
para sempre
mesmo que o “para sempre”
more perto ou distante;
mesmo que a Poesia
dure somente um instante.
Tanussi Cardoso
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Balbúrdia PoÉtica 11
Dia 6 – agosto – 19:30h
Bar do Ernesto – Lapa – Rio de Janeiro
Curadoria: Artur Gomes, Jorge Ventura e Tanussi Cardoso
traição grega
helena me deu
um cavalo de pau
me jogou no vento
me pegou em troia
me roubou a jóia
me deixou em trento
Artur Gomes
Poema do livro Itabapoana Pedra Pássaro Poema
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Balbúrdia PoÉtica 11
Poesia Ali Na Mesa
Dia 6 – agosto – 19:30h
Bar do Ernesto – Lapa
Rio de Janeiro
Affonso Romano de Sant`Anna – presente
Antônio Cícero – presente
Armando Freitas Filho – presente
Tavinho Paes – presente
Curadoria: Artur Gomes, Jorge Ventura e Tanussi Cardoso
Poetas Confirmados
Adriano Espínola + Angel Cabeça + Artur Gomes + Carmen Moreno + Christovam de Chevalier + Clécia Oliveira + Dellayne Brasil + Ellen Sousa + Eugenia Henriques + Edmilson Santini + Eurídice Hespanhol + Fil Buc + Igor Calazans + Igor Fagundes + Jorge Piri + Jorge Ventura + Karla Julia +Luis Turiba + Mano Melo + Marcela Giannini + Marcelo Mourão + Margareth Bravo + Monica Serpa + Orfeu da Conceição + Paulo Sabino + Ricardo Vieira Lima + Rose Araújo + Sady Bianchin + Silvio Ribeiro de Castro + Tanussi Cardoso + Telma da Costa + Thereza Christina Rocque da Motta + Vall Melo + Victor Colonna + Wanda Monteiro
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Balbúrdia PoÉtica
https://fulinaimagens.blogspot.com/
poema atávico
e se a gente se amasse uma vez só
a tarde ainda arde primavera
tanta nesse outubro quanto
de manhãs tão cinzas
nesse momento em Bento Gonçalves
Mauri Menegotto termina
de lapidar mais uma
pedra
tem seus olhos no brilho da escultura
confesso tenho andado meio triste
na geografia da distância
esse poema atávico tem a cor da tua pele
a carne sob os lençóis onde meus dedos
ainda não nasceram
Deus anda me pregando peças
Num lance de dados mallarmaicos
comovida
ainda te procuro em palavras aramaicas
e a pele dos meus olhos anda perdida
em teu vestido
Gigi Mocidade
O Poeta Enquanto Coisa
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primo de Macunaíma
neto dos Retalhos
Imortais do SerAfim
perdido na cidade
por onde andará
o Vampiro Goytacá Canibal Tupiniquim?
Balbúrdia PoÉtica 10
Poesia Ali Na Mesa
Dia 12 – julho – 2025
Casa da Palavra – Santo André-SP
Fotos: Luzia Maninha Teles Veras
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Balbúrdia PoÉtica 10
Poesia Ali Na Mesa
12 de julho – 2025
Casa da Palavra – Santo André-SP
Livros + Exposição + Roda de Conversa + Cine Vídeo Poesia +
Homenagens + Performances
Curadoria:
Artur Gomes + Cesar Augusto de Carvalh + Julio Mendonça + Jurema Barreto de Souza + Silvia Passarelli
Poetas Homenageados:
Dalila Teles Veras + Zhô Bertholine
Em memória:
Antônio Possidônio Sampaio + Francis de Oliveira + Wilma Lima
Performances Poesia Falada
:
Abel Coelho + Ademir Demarchi + Armando Liguori Junior + Artur
Gomes + Beth Brait Alvim + Carolina Montone + Cesar Augusto de Carvalho +
Cleber Beleeiro + Dalila Teles Vedras + Décio Scaravelli + Dilène Barreto +
Elcio Fonseca + Franklin Valverde + Julio Mendonça + Jurema Barreto de Souza + Luiza
Silva de Oliveira + Luiz Henrique Gurgel + Marcelo Brettas + Mateus Nunes +
Nilson Luiz + Paulino Alexandre + Remisson Aniceto + Rosana Venturini + Zhô
Bertholini
Fotos: Silvia Helena Passarelli
Obs.:
Este texto de Wilma Lima dedicado a Dalila Teles Veras está eternizado em uma das paredes do Alpharrabio
DALILA
PARABÉNS!
PARABÉNS DE SEUS SINCEROS AMIGOS
DE SEMPRE
PARABÉNS DE Mara, DE Jurema.
De Wagner, de
Wilma, de João Antonio e de Zhô
De Margareth,
da SILVIA ARQUITETA
Do outro
João, amigo do Zhô.
Parabéns do Guardião dos Alfharrabios – DR TELES e filhas
Parabéns das moças lindas da ENSAIO
E dos moços
Tão lindos também
PARABÉNS ENORMES DA MANINHA, DA NORA, DO SERJÃO DOS ASTRAIS
Do Dr. Posidônio – SEMPRE APRESSADO
Parabéns do filhinho do Zhô – que nos encanta
Parabéns do DUDA, da Terezinha do Wagner
E da TEREZINHA Baixinha – tão grande como seu casaco!
Felicidades para você
D-A-LILA....
PARABÉNS
Do Romeu – que sempre esteve presente nos grandes
acontecimentos no ALPHA
Abraços da filha linda do Wagner – DENISE
E daquele moço Poeta que faz desenhos – o Moacir
E do amigo do SÉrgio
Mãe da MARA
E do Haroldo (amigo meu e de Mara – de todos nós)
Parabéns de todo mundo que conhece você – QUE AMA VOCÊ
QUEM NÃO CONHECE DALILA TELES VERAS?
Aceite parabéns enormes de Mestre TAKARA
E DE CIBELE ARAGÃO
Da Bailarina Marlene – tão loura!
Da eterna Tônia Ferr e irmã
Da IRACEMA DO ARISTIDES (POETAS PINTORES)
Você, Dalila da Madeira, é a nossa grande dama da Cultura
Alternativa.
ABRAÇOS DA ROSANA CHRISPIN, DA NILCE.
E da Nilce do Violão e do amigo dela – que gosta de cachorros
como EU
Um beijo grande de
todos nós
E um perdão para quem eu
miseravelmente tenha esquecido
e que não vai me perdoar jamais
o ANIVERSÁRIO é aqui
e tem que ser celebrado.
É Festa de São João e de São Pedro
O PARABÉNS ESPECIAL É DA SEMIRAME
E DO ARTUR GOMES –
QUE ESTÁ LONGE MAS SEMPRE PRESENTE
E GOSTA DE RETALHOS
E POR ISSO VAI UMA COLAGEM IMORTAL
Com tantos cantos
Conta tantos vinhos
E tantas iguarias
Para o Banquete
Do NOVOMUNDO
Em nome de
todos,
WILMA LIMA
Fulinaíma MultiProjetos
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