CAÇA A JATO
Poema de amor em tempo de guerra
quando fecho os olhos
e abro a mente
verdadeira.....mente;
lá vem ela
em seu corpo de sereia
invadir meu apartamento
pelas areias do Saara
chega como um cortejo
um bloco de sujos
uma nação planejada e radical
passeata de ferozes fulminantes
celebrando aos gritos e cantos
à luz da Lua Cheia
que ainda nem nasceu
mas lá no alto do morro, gorjeia
vozes tímidas, luminares arranhadas
de cios ardores vontades-secretas
raios chegam ligeiros, num instante
como mera paisagem em brilhante
a perfilar-se como ave marinha
fora do ritmo de suas asas ululantes
entre forças terrestres e aéreas
fera em série fora das hélices
raios cortantes
doce força mansa à vera
desejando – (coisa mais linda) –
fêmea querendo sem querer-se,
ir-se, seguir-se, entregar-se
em gotas homeopáticas
no néctar do elixir do existir
e assim, jato de caça
na cabeceira da pista
do porta-aviões amado
de onde deriva de um nada
labaredas de fogo a pulsar
amores vis
no tremor das turbinas
ofertando-se toda menina
empina-se para o voo de combate
sabor de abacate
plena entrega de bandeja
as barbatanas do tubarão sem antenas
captam o que foi, o que não passou, o que seja
vai encarar?!
Luis Turiba
Glória, RJ, 22.01.024
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