Federika Pagu minha mais nova parceira nas jornadas balburdianas porque a vida não é sagarana nem mesmo com muita sagaranagem fulinaíma minha linda estrela guia no jongo dessa fulia me ensinou toda magia para nossa primeira empreitada a provocação de Ednalda procurar murucututu em cia de Jiddu em São Pedro da Aldeia porque a vida é muito mais bonita quando não é feia
Espelhos
ser o corpo espelhado
ser a traição do reflexo
: o registro pretérito na câmara escura do olho
: a imagem futura no milagre do espelho
: o silêncio
o não dito
do vítreo ao visgo
as aparências se avizinham
o que é o céu senão veios espelhados
do pensar
o que é o chão senão o crânio estilhaçado
depois da queda
Wanda Monteiro
as musas de Ignácio
a Ignácio de Loyola Brandão
a mesma língua fala
quando deitamos
palavras duras
a vida crua sobre o
corpo do texto
e do teu poema
partilhamos a busca
do mesmo céu
de línguas e dentes
em viva dança
não mais de veia
bailarina
querendo escrever
tanto a um só tempo
sobrepomos ao risco
da Morte nossos textos
pacto de carícias
entre fonemas
sons dançantes saem
além da boca
sedução de risos no
imaginário
do menino que
admirava a brancura da pele da Primeira Musa
e matava os anões com
as palavras
creme de champignons envenenados
colhidas na floresta
de outros tempos
risos emoldurados em
boca e janelas
lá pelas terras de
Araraquara
doze anos antes do
nascimento da estrela mágica
do beijo que não vem
da boca
lá onde eu poderia
ter escrito o meu primeiro poema
cantando língua e
beijo
ao vento dos
ventiladores
Cristiane Grando lendo o poema "as musas de Ignácio" para Ignácio de Loyola Brandão, na inauguração da Biblioteca Culturando em Jumirim em 18/03/2023.
*
"os amores de Edgar Allan Poe"
Valéry amava Mallarmé que amava Baudelaire
que amava Allan Poe que amava Virginia
a dos cabelos negros como o corvo
Valéry morreu depois de ter projetado o "Anjo"
sua última inspiração poética
Mallarmé ainda procura "O Livro essencial"
quando encontrou a Morte
Baudelaire sofreu uma longa agonia
antes de morrer e ser enterrado
no cemitério de Montparnasse em Paris
e Allan Poe casou-se com Virginia
que morreu aos 25 anos
Cristiane Grando
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Balbúrdia PoÉtica
cada corpo é sua própria guilhotina
não bastam baterem suas membranas
na caixa craniana e
arderem
seus ramos carnais
entre a multidão de sal e fúria
os decapitados da vida
pensam como estão fodidos
nesse labirinto com tentáculos de polvo
fodidos na mutilação do sol feito
de memória e esquecimento
a fome circunda por fora com 77 patas
os decapitados da vida habitam
o íntimo calcário dos dias
com seus fêmures de relâmpagos
com suas línguas que cavalgam
a paisagem cubista de outras peles
cada corpo sustenta o seu lodo
cada corpo partilha o pus
o pão esmigalhado na brutal realidade
cada corpo é sua própria guilhotina anoréxica
são como cachorros nômades
sem nenhuma primavera em seus órgãos
os decapitados da vida
acolhem os reflexos
guardados nas águas mornas
nos olhos que são cabaças
dispersas na margem voraz do mundo
o amanhecer para eles é uma ferida
com sete peles de serpente
em torno do veneno e clamor
a religião dos calos é florescer e doer
é preciso queimar até o fim
no sanguíneo gesto
a frágil anatomia do horizonte
Carlos Orfeu
O adejo dos golfinhos,
o nado da gaivota
é bonito de ver
como num passo improvável
o mar trocou de lugar com o céu:
a gaivota flutuante, o golfinho saltador
e o céu não acaba nunca
acrobacias e encontros
que tem como impulso
o vento, o ar passadiço
e o mar não acaba nunca
Love song
quando você me aperta o coração
cortando da gaivota
o silêncio
da solidão, o frio
aprendo aos poucos os acordes de "La Vie em Rose"
te dou metade d palavra amor
e espero do caminho,
a outra metade
Natália Agra
Do livro De repente a chuva
Corsário Satã – 2017
MAR ABERTO
Naquele dia
em que você me puxou
pelo braço
com força
para cima
eu já não respirava.
Michaela v. Schmaedel
Do livro Coração Cansado
Penalux - 2020
Balbúrdia PoÉtica 7
Poesia Ali Na Mesa
23 de maio - 19:30h
na Santa Paciência - Casa Criativa
Rua Barão de Miracema, 81
Campos dos Goytacazes-RJ
*
choveu pedra em São Francisco do Itabapoana se de gelo ou granizo inda nem sei só depois da apuração da comissão de inquérito instaurada por alguns moradores da localidade do Macuco saberei.
Federico Baudelaire
*
cada qual com sua Natureza , pode ser garoa ou correnteza , é o tempo comandando a sua Fortaleza
Zhô Bertholini
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https://fulinaimagens.blogspot.com/
com hendrix escrevo uma história de distorções,
uma história de um poeta alucinado por histórias,
pelejas noturnas e diurnas captadas nas margens
e no centro das quebradas,
a cidade é bonita,
do oitavo andar vejo o relógio da central
e o morro do corcovado com o sua gigante estátua,
as pessoas amam essa cidade,
ontem eu ví um grupo de turistas franceses fotografando
o monumento que se exibe no centro da praça tiradentes,
a cidade é toda bonita, o centro da cidade é lindo,
linda é a minha vida de poeta cantor
cantando beatriz de chico e edu a capela
no meio da cinelândia,
lá encontrei o poeta Artur
Gomes Fulinaíma
de Campos do Goitacazes,
ele me filmou,
falou de Douglas Carrara poeta
da nossa irmandade
Edu Planchez (Maçã Silattian)
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Balbúrdia PoÉtica
Balbúrdia PoÉtica 6
Artur Gomes e José Facury
Dois Perdidos Em Seus Poemas Sujos
Dia 17 de maio – 20h
lançamento do livro: Itabapoana Pedra |Pássaro Poema
poetas convidados: Jiddu Saldanha e Tanussi Cardoso
Roda de Samba com : Clarêncio Rodrigues e Digo Conceição
Poesia Ali Na Mesa
traição grega
helena me deu
um cavalo de pau
me jogou no vento
me pegou em troia
me roubou a jóia
me deixou em trento
Artur Gomes
Poema do livro Itabapoana Pedra Pássaro Poema
Realização: Usina4 – Fábrica de Cultura, Kino3 – Congresso Brasileiro de Poesia – Fulinaíma MultiProjetos
22 99815-1268 – whatsapp
link para ver o vídeo
Balbúrdia PoÉtica
Poesia Ali Na Mesa
Edição Especial
À Memória de Renato Aquino
Performance Teatro.Poesia
Roda de Conversa – lançamento do livro Itabapoana Pedra
Pássaro Poema
Dia 13 de maio – 21h
Auditório Reginaldo Rangel
IFF Instituto Federal Fluminense
Campus Centro – Rua Dr. Siqueira, 273 – Campos dos
Goytacazes-RJ
tempo de poesia
para Renata Magliano
lancei o tempo
na agulha de uma fresta
ainda bêbado de ontem
bebo as 35 pausas
de uma mulher em chamas
que ainda não conheço
o tempo me dirá o endereço
como metáfora ou alquimia
e sendo drama ou festa
tempo de poesia
é
o que nos resta
Artur Gomes
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KINO3 https://arturgumesfulinaima.blogspot.com/
Realização: Coletivo Macunaíma de Cultura, Kino3, Congresso
Brasileiro De Poesia, e Fulinaíma MultiProjetos
22 99815-1268 – whatsapp
Balbúrdia PoÉtica 6
Poesia Ali Na Mesa
Artur Gomes & José Facury
Dois Perdidos Em Seus Poemas Sujos
À memória de Hilda Hilst e Olga Savari
Dia 17 de maio – 20h
Usina4 – Casa Criativa – Rua Geraldo de Abreu, 4 – Cabo Frio-RJ
Com Performance Teatro.Poesia
Roda de Samba com Clarêncio Rodrigues e Digo, Lançamento do
Livro: Itabapoana Pedra Pássaro Poema e
Poesia Ali Na Mesa - Poetas Convidados: Jiddu Saldanha e Tanussi Cardoso
Poesia Ali Na Mesa
sobre/mesa para
depois do café da manhã
depois do almoço
lanche da tarde
depois do jantar
para não dormir de toca
com palavra presa na boca
e Aquiles no calcanhar
Poesia Ali Na Mesa
como uma grande surpresa
na hora de trabalhar
Artur Gomes
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Realização: Coletivo Macunaíma de Cultura, Kino3, Congresso
Brasileiro De Poesia, Usina4 Casa das Artes e Fulinaíma MultiProjetos
22 99815-1268 – whatsapp
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